Estrutura produtiva e comércio exterior no Brasil: uma investigação sobre as elasticidades-renda da demanda por exportações e importações setoriais

  • Nelson Marconi Fundação Getulio Vargas
  • Eliane Cristina Araújo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA - UEM

Abstract

Este trabalho analisa a composição da pauta brasileira de exportações e importações e estima as elasticidades-renda da demanda por exportações e importações nos diferentes setores da indústria de transformação. Procura-se responder quais são os setores exportadores e importadores da indústria de transformação que possuem as maiores elasticidades-renda da demanda e que, portanto, deveriam ser estimulados para levarem a uma mudança positiva na estrutura produtiva do país, no sentido de aumentar o crescimento econômico. O trabalho apresenta alguns aspectos teóricos dos modelos de crescimento com restrição de balanço de pagamentos, discute a abordagem estruturalista associados às características setoriais que influem sobre o processo de desenvolvimento e estima e analisa as elasticidades-renda da demanda para os setores exportadores e importadores da indústria de transformação, individualmente e agregados por intensidade tecnológica. As conclusões da pesquisa são as de que a elasticidade-renda da demanda dos produtos exportados pela indústria intensiva em engenharia, ciência e conhecimento é maior que as elasticidades dos demais ramos da indústria de transformação. O mesmo ocorre em relação às importações. Esse resultado sugere, à luz das teorias estruturalista e de crescimento com restrição de balanço de pagamentos, que uma pauta de exportações concentrada em produtos com maior conteúdo tecnológico pode implicar crescimento mais elevadas que uma pauta na qual predominam commodities, como é o caso no Brasil.

Downloads

Download data is not yet available.
Published
2016-08-31
How to Cite
Marconi, N., & Araújo, E. C. (2016). Estrutura produtiva e comércio exterior no Brasil: uma investigação sobre as elasticidades-renda da demanda por exportações e importações setoriais. Brazilian Keynesian Review, 2(1), 40-59. https://doi.org/10.33834/bkr.v2i1.45
Section
Articles