Hipótese Nurkse-Furtado e Hipótese Veblen:

uma análise dos determinantes da importação de bens conspícuos no Brasil entre 2011 e 2020, a partir do modelo vetor autorregressivo (VAR)

  • Rafael Barbieri Camatta Universidade Federal do Espírito Santo
  • Alexandre Ottoni Teatini Salles Universidade Federal do Espírito Santo
  • Edson Zambon Monte Universidade Federal do Espírito Santo
Palavras-chave: Consumo conspícuo, Consumo de luxo, Efeito demonstração internacional, Mimetismo cultural das elites, Determinantes de importação

Resumo

A literatura teórica sobre consumo conspícuo revela que esse comportamento pode gerar uma série de problemas de cunho econômico e social, principalmente para indivíduos de baixa renda e para países subdesenvolvidos (Camatta, 2023, Camatta e Salles, 2024).  Apesar das diversas incursões teóricas sobre essa problemática ao longo dos últimos dois séculos e meio, constata-se que o tema não foi amplamente abordado quantitativamente na Ciência Econômica. Este artigo visa oferecer uma contribuição a este respeito, propondo: 1) construir uma série temporal para medir a variação do consumo conspícuo no Brasil no período 2011/2020, especificamente no que tange à importação de bens de luxo; e 2) investigar quais foram os determinantes dessa importação. Para a análise destes determinantes, foram testadas duas hipóteses: (i) a importação de luxo é determinada principalmente pela variação da renda nacional (hipótese Nurkse-Furtado); e, (ii) a importação dessa categoria de bens se mostra bastante inelástica a seu preço médio (hipótese Veblen). A partir do modelo VAR utilizado não foi possível rejeitar nenhuma das duas hipóteses. Foi ainda possível observar que a importação de luxo possui uma alta elasticidade renda.

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Publicado
2025-01-23
Como Citar
Barbieri Camatta, R., Ottoni Teatini Salles, A., & Zambon Monte, E. . (2025). Hipótese Nurkse-Furtado e Hipótese Veblen:: uma análise dos determinantes da importação de bens conspícuos no Brasil entre 2011 e 2020, a partir do modelo vetor autorregressivo (VAR). Brazilian Keynesian Review, 11(1), 62-95. https://doi.org/10.33834/bkr.v11i1.388
Seção
Artigos